Deixe a neve cair é um livro escrito pelos autores
John Green,
Maureen Johnson e
Lauren Myracle. Ele contém três contos natalinos, um escrito por cada autor, que, de certa forma, irão se interligar ao longo da história, então, para que essa resenha não fique muito confusa, eu decidi falar sobre cada um deles separadamente, certinho? Então vamos lá!
Primeiro conto:
O expresso Jubileu, escrito por
Maureen Johnson.
O conto
O expresso Jubileu vai contar a desastrosa experiência que
Jubileu (Sim! O título faz referência a personagem principal e não a um trem, como eu pensava que fosse haha), uma garota de dezesseis anos, tem após seus pais serem presos em plena véspera do natal e, acreditem, pelo motivo mais engraçado que eu já vi alguém ser preso em minha vida! Porém, a situação os deixam bastante preocupados, afinal, o frio está estrondoso naquele inverno e
Jubileu está sozinha em casa. Sendo assim, eles chegam a conclusão de que o melhor a fazer e mandar a filha para a casa de seus avós, que vivem em outra cidade, para que ela tenha companhia durante o período em que estiverem na cadeia. Então,
Jubileu embarca em um trem que, por alguma desventura, acaba passando por uma inesperada nevasca e então batendo em um forte monte de neve, fazendo com que todo o expresso pare de funcionar. E não bastasse a situação crítica, sua cabine está cheia de líderes de torcida mimadas e irritantes, que, por coincidência, se chamam ou
Amber, ou
Madison. Uma abundância de
Ambers e
Madisons que está deixando
Jubileu de cabelo em pé! Porém, ao olhar pela janela embaçada, ela encontra o que talvez seja sua salvação: um pequeno hotel no outro lado da rodovia chamado
Waffle House, onde parece haver aquecedores e espaço o suficiente para abrigar todos que estão naquela pequena e apertada cabine de trem. Mas!!! Isso não quer dizer que
Jubileu conseguirá o que tanto deseja: se livrar das várias
Ambers e
Madisons!
Segundo conto:
O milagre da torcida de natal, escrito por
John Green.
O conto
O milagre da torcida de natal vai ser narrado por
Tobin, que, junto de seus amigos –
JP, um bizarro modelo de masculinidade, e
Duke, uma garota apaixonada por batatas
rösti –, pretende passar a véspera do natal de forma simples: comendo petiscos e assistindo a filmes clássicos de
James Bond. Porém, ele recebe um telefonema de
Keun, um velho amigo de escola, que está cumprindo seu turno como gerente em um pequeno hotel da cidade (adivinhem qual o nome desse hotel? haha), pedindo para que ele corra até lá, pois o hotel está cheio de líderes de torcida quentes e sexys, vítimas de um trem preso na estrada. Ao desligar o telefone,
Tobin conta a novidade a
Duke, que, a princípio, mal dá importância para o caso, mas que acaba se interessando ao lembrar que na
Waffle House há batatas
rösti, e também a
JP, que se desespera no mesmo instante, dizendo a eles que precisam ir até o hotel o mais rápido possível, afinal, são líderes de torcida quentes e sexys! Porém, chegar até lá talvez não seja tão fácil, pois uma forte nevasca está encobrindo toda a cidade, transformando tudo ao redor em uma bela paisagem esbranquiçada. Mas eles estão dispostos a irem até o fim, afinal, são líderes de torcida (e batatas
rösti)!
Terceiro conto:
O santo padroeiro dos porcos, escrito por
Lauren Myracle.
O conto
O santo padroeiro dos porcos vai nos mostrar a importância de sermos humildes. Nele conhecemos
Addie, uma garota um tanto insatisfeita com seu relacionamento, pois
Jeb, seu namorado, não lhe dá a atenção que ela esperava receber: carinhos, beijinhos e torpedos românticos 24 horas por dia. Porém, quando eles finalmente terminam,
Addie entra em uma espécie de depressão pós-relacionamento e acaba cortando todo seu cabelo loiro e pintando-o de cor-de-rosa, o que, de certa forma, não se arrepende de ter feito, mas ainda assim sente muita falta de
Jeb. Para ajudá-la, suas as amigas,
Dorrie, uma garota, digamos, um tanto direta, e
Tegan, que sonha em ter um porco em sua casa, mas não tem a oportunidade de realizar tal sonho, pois seus pais não permitem que ela traga um animal como aquele para viver no mesmo ambiente que o seu, passam a analisá-la melhor e a dizer quais são seus pontos negativos, que, talvez, tenham influenciado o término de seu relacionamento. E para a surpresa de
Addie, a lista que pende para o lado negativo é muito maior do que ela mesma imaginava. Então, ela decide restabelecer seus valores e se tornar uma pessoa melhor. E para dar início a essa nova fase de sua vida, ela vê a oportunidade perfeita de mostrar que realmente está mudada e que não pensa apenas em si mesma quando, certo dia,
Tegan lhe diz que seus pais, finalmente, permitiram que ela trouxesse um porco, ou melhor, um
miniporco, para viver em sua casa, e que um filhote dessa rara espécie está a sua espera em uma pequena loja de animais no centro da cidade. Sem pensar duas vezes,
Addie se oferece para retirar o
miniporco de
Tegan, que lhe concede essa enorme honra. Porém, ao entrar entrar na pequena loja de animais, ela descobre, para o seu desespero, que o
miniporco fora vendido enganosamente para outra pessoa. Agora, tudo o que lhe resta é ir à procura da pessoa que o levara embora, pois isso é de grande importância para
Tegan.
Todos os contos em si são muito legais e divertidos, quer dizer, quase todos... Eu gostei dos contos da
Maureen Johnson e da
Lauren Myracle; ele nos proporciona uma leitura gostosa e, de certa forma, até reflexiva, também. Porém, o conto do
John Green me decepcionou bastante, e eu me sinto horrível ao mencionar isso, pois eu adoro o autor! Mas em
O milagre da torcida de natal, eu não sei dizer ao certo o que eu senti. A única personagem que eu gostei dele foi a
Duke, porque o resto parecia, sei lá, um conjunto de animais desesperados para agarrar a presa, ou, nesse caso, líderes de torcida. A única parte que eu realmente gostei do conto foi o final, pois o
John Green fez com que o personagem
Tobin entendesse o verdadeiro sentido das coisas que estavam ao redor dele (Graças a Deus!).
E quanto ao final que a autora
Lauren Myracle deu ao livro, bom, eu... ADOREI! Sério, foi um final muito melhor do que eu estava esperando! E quando fechei o livro, percebi que havia um sorriso enorme estampado em meu rosto e me senti muito, muito feliz por isso. Obrigado,
Lauren Myracle!
Em geral, os contos (fora o do
John Green) são muito, digamos, bonitinhos. Eu recomendo!
Veja também a resenha em vídeo que eu gravei falando um pouquinho mais sobre o livro: